terça-feira, 11 de maio de 2010

Buaraco de minhoca, viagens no tempo - Ciência e Religião

"Buraco de minhoca, é um termo que provém da língua inglesa ''wormhole''. Matematicamente foi descrito pela primeira vez por Einstein-Rosen, daí ser chamado também de Ponte Einstein-Rosen. Esta ''ponte'' descreve teoricamente a existência de uma espécie de túnel onde ocorre um colapso espaço-temporal em que o tempo e o espaço podem se interconectar. Isto se deve à teoria matemática que trata das multidimensões, bastante conhecidas na ''teoria do caos'' e nos ''fractais'' multidimensionais''. Um exemplo bastante elucidativo que se pode mostrar de forma bastante simples, é a interconexão multidimensional, ou seja, para que se possa ter uma ''segunda dimensão'' há que se ter infinitas ''primeiras dimensões''. Outro exemplo que se pode utilizar são as formas de se descrever umas dimensões através de outras inferiores. Por exemplo, para se imaginar um objeto tridimensional, devemos representá-lo através de três vistas bidimensionais, não sendo desta forma não poderemos construir um objeto, pois não teremos referência. Portanto, a multidimensionalidade, é fato mensurável e conhecido, sendo o buraco de minhoca uma ponte que liga uma determinada dimensão no espaço-tempo a outra.Um exemplo de ''utilização prática'', ou uma ''visualização'' seria imaginarmos o universo como uma folha de papel onde dois determinados locais poderiam serem representados como dois pontos numa superfície bidimensional. O menor caminho entre estes pontos seria uma linha reta traçada entre si. No no caso de ser representada a folha de papel tridimensionalmente, e sendo possível dobrá-la, poderíamos facilmente ligar os dois pontos dobrando a folha de papel, a reta não mais seria a distância mais curta entre os dois pontos, e sim, o furo interligando-os.
Naturalmente, para que possamos utilizar a ponte Einstein-Rosen teríamos que possuir uma tecnologia que permitisse a dobra do espaço e a anulação do tempo. Talvez, se conseguiria esta ponte através da quebra da ''barreira'' da velocidade da luz, o que a Relatividade Geral não permite, porque segundo a teoria, nada no universo atual pode ultrapassar a velocidade da luz(Guilherme M.Menegucci)."Contudo, aparentemente até agora, não existe teoricamente uma possibilidade de avançarmos no tempo por estes buracos. Estes buracos seriam somente o caminho de volta ao passado, para o futuro teríamos outras duas estradas. Para avançarmos no tempo, só existem para os homens duas opções que poderiam fazerem realmente diferença em nossas vidas: entrar na órbita do maior buraco negro que conhecemos, aonde a força gravitacional seria capaz de dobrar um faixo de luz ou quebrarmos a barreira da mesma a uma velocidade superior a 300.000 Km/h.O tempo varia no universo, o tempo conhecido na terra não é o mesmo no espaço, quanto mais distante de uma grande massa, mais rápido o tempo corre, razão pela qual o relógio interno dos 31 satélites ao redor da terra, que controlam os sistemas de GPS que conhecemos, são corrigidos diariamente, caso contrário, a cada dia teríamos a localização de um ponto rastreado, distante 9 metros do ponto exato, e isso não ocorreria em função do tempo de comunicação entre o satélite e o aparelho rastreador, mais porque quanto mais distante da força gravitacional da terra, mais o tempo se dilata. Distante da terra 28.000 Km, na órbita do maior buraco negro registrado, aonde a força da gravidade é capaz de dobrar um faxo de luz, para cada minuto na terra teríamos vivido 30 segundos no espaço. Viajar pelo menos bem próximo a velocidade da luz seria a segunda opção. Se isso conseguíssemos, viajar ao redor da terra durante uma semana a aproximadamente 300.000 Km/s, ao desembarcarmos em alguma estação sob a superfície de nosso planeta, haveriam se passado 100 anos para aqueles que aqui houvessem permanecido. O curioso é que a própria natureza nos impõe limites. Se um homem sentado na parte de traz de uma espaçonave, viajando a 99% da velocidade da luz, resolvesse correr para frente da nave, mesmo somando a sua velocidade a velocidade da nave, jamais ultrapassaria a velocidade da mesma. Ele começaria a correr cada vez mais lento, como se estivesse em câmara lenta. Para Estephan Holkings, no caso dos buracos de minhocas, estes seriam tão pequenos, que praticamente seria impossível atravessa-los, o que evitaria uma série de paradigmas. Imagine um homem que atravessa um destes buracos e estando no passado se mata. Como ele poderia ter se matado vindo do futuro? Só o que imortal poderia vivenciar uma experiência destas. Segundo o Bhagad Gita, o espírito mora no coração e é muitas vezes menor do que a unha da sua mão ( lembremos que o Baghad Vita é um livro milenar). Crendo na imortalidade do espírito e considerando as suas dimensões (tamanho),segundo o Bhagad Gita, possivelmente o espírito poderia voltar ao passado no espaço-tempo pelos buracos de minhoca, como tal experiência é narrada em diversos livros espiritualistas, sem ter que atravessar a barreira da velocidade da luz, o que talvez também, em um uma realidade adversa a nossa, não fosse tão impossível quanto é para nós seres humanos na matéria como a conhecemos. Daí talvez a origem das manifestações das sub-personalidades humanas como descritas por HPB e tantos outros seres como descritos na teosofia, trazendo para junto de cada um de nós, materializado, o nosso próprio Eu, muitas vezes na forma de um obsessor.

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