domingo, 29 de novembro de 2009

O cúmulo do preconceito

Olá meus amigos...
Esta história não era para ser escrita e postada aqui, mais resolvi escrevê-la aqui para depois repassa-la para o seu devido fim, assim como pretendo fazer com outras postagens, de tal forma que teremos diversos assuntos a abordar. Assuntos que falam da vida, da ciência e dos nossos momentos de reflexão.
Um grande abraço a todos!

No início deste ano de 2009, lá foram eles. Eureka, seu pai e um dos seus irmãos por parte de pai para fazer um tour pelo litoral do Espírito Santo. Depois de algumas horas pela Br 381 e o trio ter quase despenhado por um barranco, chegaram ao litoral. O curioso é que eu fui surpreendido pelo Dú se esquivando de um rapaz que aparentava problemas mentais. Ora, o Dú tem esquisofrenia e a gente fica se segurando pra não dar uma patada nele e ele nem aí pra largar o rapaz falando com as paredes...
Acho que ele não aguentou o seu semelhante. Será que ser preconceituoso foi o que ele aprendeu com todos os preconceitos que sofreu e sofre? Penso que o maior problema que uma criança especial possa ter na sua formação, está muitas vezes na orientação e cuidados que ele recebe dentro do seu próprio convívio familiar, e um destes problemas é a superproteção. Quer ver um exemplo... Dú tem um outro irmão por parte de pai que até os 07 anos de idade não conseguia falar fluentemente, portador que era de um grande deficit mental. Bem... o pai o mesmo, mais com mães diferentes, foram criados de diferentes formas. O João, apesar de ao contrário do Dú, apresentar uma debilidade física, hoje com 39 anos, trabalha à pelo menos 17 anos numa mesma empresa, tem 03 namoradas (claro que nenhuma misse ),06 dúzia de cartões de crédito ( acho até que ele tem mais crédito do que eu ), nem um passarinho pra dar água, custeia todas as suas despesas pessoais e recentemente comprou um carro. Justo quem sua mãe dizia... com este a gente vai ter que ter muito carinho porque vai sempre depender da gente. O Dú estudou bem ou mal até o 2° ano do ensino médio. O João até a 5° série num colégio especializado. Ora... Dú aparentemente tinha todas as chances de se destacar entre os dois irmãos, mais porque isto não aconteceu? Talvez o fato de Dú ter perdido a mãe quando tinha aproximadamente 09 anos de idade, poderia ter gerado ainda mais comoção entre os seus tutores ao ponto de impedi-lo de descobrir os teus próprios caminhos? E quando não houver mais quem lave as suas cuecas, o leve de carro para passear, esquente o seu pão no micro-ondas... Sei não... É como alguém já disse: " Filho é igual Pum! A gente só aguenta o da gente".








Esta história foi baseada em fatos reais salva-guardando a identidade dos seus personagens.

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